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Nos invernos chuvosos de vidraças embaçadas
Foram tortuosas horas de estupor noturno
Meu corpo frágil, tísico e taciturno
Deitou-se sob o céu, amortalhado

No peito, um incômodo chiado
Arranhando o âmago tuberculoso
Na alma deste horrífico lamentoso
Resquícios de vida, ignorados

Tomo um chá na madrugada fria
Um brinde solitário, uma agonia
Deste defunto ainda não enterrado

Brindo aos mortos e também aos vivos
Aos enfermos, aos esquecidos 
Brindo ao repouso dos corações dilacerados.

© 2014 O Poeta e a Madrugada Traduzido Por: Girotto Brito - Designed By Girotto Brito.