Mostrando postagens com marcador Tonbo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Tonbo. Mostrar todas as postagens

Dividia o asfalto em paralelepípedos
Pra que durante a viagem 
Pudesse sentir meus passos
Era meu desejo, meu objetivo

E os corações expostos
Ficava a observar
Contando as estrelas 
Que não poderia contar

E não podendo fugir daquela escuridão
Fingia que dormia
Admirando a imensidão
Da metrópole que me dividia

De norte à norte caminhava
Com a maleta de viagem que tinha
E quando a coisa apertava
A honestidade que me vinha
Era como estaca nos ossos

E me fazia lembrar das libélulas
Ah, que felicidade era aquela!?
Para cá eu voei
Mas para onde voaria você, libélula?

Sonhava voar para longe
E quem estivesse do meu lado
Seria varrido pelo vento do inverno
Que chegara atrasado
E ainda assim
Ao seu lado
Descalço, sentia frio
Ficava eu envergonhado
E contava as noites solitárias
No recanto do meu quarto

Mesmo assim
Para essa cidade eu viria 
E com todas as minhas forças
Admiraria os idiotas dessa metrópole
E amaria, sempre de pé
E cabeça erguida
Nessa metrópole que faz
Da minha vida tão sofrida
Agarrado a essa garrafa de indignação
Que me perfura o coração

E me faz lembrar das libélulas
Ah, que felicidade era aquela!?
Para cá eu voei
Mas para onde voaria você, libélula?


Poema adaptado da música japonesa TONBO, de Tsuyoshi Nagabuchi.
© 2014 O Poeta e a Madrugada Traduzido Por: Girotto Brito - Designed By Girotto Brito.