Não
sou destas águas
Nem
destes banhos
Não
me criei por estas bandas
Tampouco
vivi aqui minha infância
Mas
me sinto abraçado
Como
todos os filhos legítimos do Caeté
Não
fui moleque do mangue
Nem
girino de Igarapés
Não
me vestiram de Marujo
Tampouco
o Santo beijei os pés
Mas
me sinto acolhido
Como
todos os Marujos de São Bené
Não
aprendi a catar caranguejo
Nem
viajei nos vagões do trem
Não
estudei no Mâncio Ribeiro
Há
pouco daqui não conhecia ninguém
Mas
me sinto um legítimo bragantino
Que
é que esta terra tem?
Não
sou ribeirinho dos canais de Ajuruteua
Nem
ao menos sei pescar de rede
Não
acredito das crendices populares
Tampouco
da fé mato minha sede
Mas
me sinto carinhosamente beijado
Pela
atmosfera sempar caeteuara
Vim
de longe
De
muito longe
Onde
as águas são doces
E
os amores foram salobres
Mas
o tempo me trouxe
Para
esta terra de água salgada
Onde
encontrei o sossego
Onde
encontrei minha amada.
Que lindo poetar, amei ler!
ResponderExcluirAbraços amigo Dênis,estava sentindo saudade de você, faz algum tempo né mesmo?
Verdade, Ivone. Eu estive meio ausente por causa da rotina puxada, mas já estou voltando a ler os textos dos amigos. Fico feliz com sua visita. Abraços. :)
ExcluirQue bela história traduz os teus versos Denis. Delícia te ler.
ResponderExcluirSenti saudades.
Beijos.
Obrigado, Lu.
ExcluirEstou voltando depois de algumas semanas afastado do blog e das leituras.
Obrigado pela visita. Grande abraço!