Era 21:00h de um típico domingo. Pedro e Júlia estavam na casa dele, como era de costume após as missas de domingo, deitados namorando quando Júlia tocou no assunto 'casamento'.
-- E aí, como vamos fazer?
-- Não sei amor, ainda não pensei na data.
-- Não estou me referindo a isso amor, e sim, a minha mãe. Sou filha única. Ela só tem a mim. Não quero abandoná-la!
-- Eu sei amor, mas é que...
Eles já tinham decidido quase tudo para o casamento, faltavam apenas a data e a sogra. Pedro não ia permitir a intromissão daquela mulher em sua vida amorosa, ele precisava convencer Júlia de que sua mãe não poderia morar com eles, e assim ele fez. Ou tentou fazer.
Disse a ela tudo o que pensava. Citou todas as desvantagens e perigos e trazer a sogra para morar com eles, que o casamento nunca ia dar certo, que seria um fracasso.
Ela contou a ele todos os bons momentos que passou ao lado de sua mãe, de como sua mãe se sacrificou a vida inteira para criá-la sozinha após ter sido abandonada pelo marido, e como seria triste sua mãe ter, nesse ponto da vida, que ir dormir todas as noites sozinha, sem ter ninguém para dizer 'Boa noite!'.
Pedro se emocionou diante dos argumentos de Júlia, mas ele não mudaria de opinião. É inaceitável! Pensou.
Alguns meses depois se casaram e construíram sua casa. Hoje moram os quatro juntos: Pedro, Júlia, a sogra e a filha Amanda. Juntos e felizes, apesar das intromissões cotidianas da sogra.
Que pacote, hein!
ResponderExcluirExiste uma diferença entre o que queremos fazer e o que devemos fazer.
Nem sempre é fácil, mas necessário.
Bem pessoal...