Dividia o asfalto em paralelepípedos
Pra que durante a viagem
Pudesse sentir meus passos
Era meu desejo, meu objetivo
E os corações expostos
Ficava a observar
Contando as estrelas
Que não poderia contar
E não podendo fugir daquela escuridão
Fingia que dormia
Admirando a imensidão
Da metrópole que me dividia
De norte à norte caminhava
Com a maleta de viagem que tinha
E quando a coisa apertava
A honestidade que me vinha
Era como estaca nos ossos
E me fazia lembrar das libélulas
Ah, que felicidade era aquela!?
Para cá eu voei
Mas para onde voaria você, libélula?
Sonhava voar para longe
E quem estivesse do meu lado
Seria varrido pelo vento do inverno
Que chegara atrasado
E ainda assim
Ao seu lado
Descalço, sentia frio
Ficava eu envergonhado
E contava as noites solitárias
No recanto do meu quarto
Mesmo assim
Para essa cidade eu viria
E com todas as minhas forças
Admiraria os idiotas dessa metrópole
E amaria, sempre de pé
E cabeça erguida
Nessa metrópole que faz
Da minha vida tão sofrida
Agarrado a essa garrafa de indignação
Que me perfura o coração
E me faz lembrar das libélulas
Ah, que felicidade era aquela!?
Para cá eu voei
Mas para onde voaria você, libélula?
Poema adaptado da música japonesa TONBO, de Tsuyoshi Nagabuchi.
Querido Dênis,
ResponderExcluirpara onde voaríamos?
O que estamos procurando em vão?
Somos mais que libélulas, estamos voando em vão e sem destino.
Nas metrópoles encontramos solidão, caminhamos e somos sozinhos na multidão!
Bjus e bom final de semana, amigo poeta!
http://www.elianedelacerda.com
Linda metáfora!!!!!
Voamos sempre em busca da felicidade, né Elyane? Mas nem todos fazem os vôos da maneira correta e a acabam não chegando aonde desejam. Obrigado pela visita e bom fim de semana. Abraços!
ExcluirA gente nunca sabe o destino que vai ter, mas sempre tem um objetivo em mente. Como a Elyane disse, às vezes é em vão, infelizmente.
ResponderExcluirBelo poema, poeta! Mudou o layout do blog, sim? Gostei!
Beijo
Verdade, Carol. E é importante ter sempre um objetivo. Que bom que gostou do layout, deu um trabalhão para configurar o código-fonte até ficar desse jeito. :)
ExcluirAgradeço a visita. Bjão!
O que dizer dessa imagem? De uma beleza colossal, combinando perfeitamente com a beleza reflexiva do poema (canção). A migração rumo à solidão.
ResponderExcluirParabéns caro!
Abraços
Obrigado, amigo Vitor. Valeu pela visita. :)
ExcluirE vamos remando o barco da vida, por águas imprecisas, sem sabermos direito, o que almejamos e para onde vamos...
ResponderExcluirBelo poema, Dênis!
Beijos!!!
Obrigado, Shirley! Adorei seu comentário,tão poético.
ExcluirValeu pela visita.
Abraços!